
A investigação do acidente com um helicóptero registado em Macau que ocorreu no porto de Hong Kong em 2010 está aparentemente concluída. O relatório final da investigação foi publicado hoje pelo Departamento da Aviação Civil da RAE de Hong Kong (HKCAD), que foi encarregue da investigação. O relatório indica que o acidente se deveu a falha numa das pás da hélice do rotor da cauda o que, então, forçou a que o piloto tivesse que efectuar uma amaragem de emergência no mar. O relatório da investigação também salienta que diversas medidas de segurança foram já implementadas durante o decurso da investigação, tendo em vista as duas recomendações feitas no relatório intercalar.
Operado pela “East Asia Airlines Limited (EAA)” (Companhia Aérea da Ásia de Leste, Limitada), o helicóptero entrou em serviço para serviços de tráfego aéreo entre Hong Kong e Macau. A aeronave, produzida pela empresa Italiana “Agusta Westland AW139”, encontra-se registada em Macau com o código B-MHJ. O acidente ocorreu a 03 de Julho de 2010 ao meio-dia. Pouco depois de descolar do Heliporto “Sky Shuttle” (Vaivém do Céu) de Sheung Wan, Hong Kong, o helicóptero perdeu o seu controlo direccional. Imediatamente, o piloto colocou o helicóptero em autorrotação e executou uma amaragem controlada no mar. O voo transportava dois pilotos e 11 passageiros que foram salvos embora alguns tenham sofrido lesões menores.
A informação factual do relatório de investigação indicou que os dois pilotos tinham as adequadas licenças da Autoridade da Aviação Civil da RAE de Macau e o helicóptero tinha um Certificado válido de Aeronavegabilidade. De acordo com o relatório, a causa do acidente deveu-se a uma falha numa das pás da hélice do rotor da cauda, o que conduziu ao desequilíbrio do motor da cauda o que causou que o estabilizador vertical separasse a secção que une o conjunto do rotor da cauda. Com a perda da pá da hélice do rotor da cauda, eventualmente o helicóptero deve ter perdido o controlo de direcção. Além disso, o relatório elogiou o piloto por ter sido capaz de actuar de imediato neste acidente e executar uma amaragem controlada no mar.
O HKCAD era responsável pela investigação mas como envolvia uma aeronave registrada em Macau, a AACM também nomeou investigadores para participarem no trabalho de investigação. A equipa de investigação incluía representantes da agência Italiana de investigação da aviação e o fabricante do helicóptero, bem como os peritos da agência Britânica que foi contractada pela HKCAD para apoiar a análise forense.
Depois do acidente, a EAA aumentou imediatamente o número de inspecções às pás da hélice do rotor da cauda de todos os seus helicópteros. Enquanto a investigação decorreu, a Autoridade Europeia de Segurança na Aviação e a Autoridade da Aviação Civil de Itália tomaram em consideração as recomendações de segurança feitas pela equipa de investigação e emitiu informações aos fabricantes de helicópteros para elaboração dos procedimentos apropriados para testar as pás de hélice do rotor que estão a ser utilizadas e melhorar a eficácia das inspecções que são feitas durante o processo de fabrico.
Também foram adoptadas acções de segurança pela AACM depois do acidente. A Autoridade fez a revisão do equipamento requerido de salva vidas. Em consequência, duas medidas foram implementadas, nomeadamente a revisão da Regulação da Navegação Aérea de Macau de forma a obrigar a inclusão de coletes de salvação no equipamento e de sistema de flutuadores nos helicópteros que descolam ou aterram num heliporto onde a rota de descolagem ou de aproximação se localiza sobre água, e revendo o método de acondicionamento dos coletes de salvação e também, solicitando ao operador a melhoria de métodos.
A AACM afirmou, “O piloto estava pronto para tomar as acções apropriadas no mais curto espaço de tempo que lhe permitiram executar uma amaragem controlada no mar. Tal permitiu que houvesse tempo suficiente para evacuar e salvar todos os passageiros, o que reduziu as lesões ao mínimo.” A AACM também salientou, “O objectivo da investigação do acidente é o de encontrar os factores casuais ou outros quaisquer factores que afectem a segurança de forma a poder prevenir outras ocorrências semelhantes. Neste acidente de helicóptero, a AACM participou activamente na investigação e providenciou toda a informação solicitada. Embora a causa deste acidente tenha sido provavelmente lapsos de qualidade de fabrico, mesmo assim nós revimos as nossas regulações e os nossos requisitos sobre aviação para verificar qualquer incompetência e assim efectuar as necessárias melhorias. Desejamos melhorar ainda mais a segurança aérea das operações de voo e aumentar a protecção da vida dos passageiros e dos bens.